Desigualdades Económicas e Sociais e o Desafio da Cobertura Universal em Saúde Primária em Moçambique
Leonor Gonçalves Covane, Rosária Rosário Moreira
DOI:
https://doi.org/10.70634/reid.v4i16.609Palavras-chave:
Desigualdade económica, Saúde pública, Acesso aos cuidados de saúde.Resumo
Este artigo analisa as desigualdades sociais e económicas como barreiras ao acesso equitativo aos cuidados de saúde primários em Moçambique. A questão central investigada foi: quais são os principais eixos de desigualdade que comprometem o acesso equitativo aos cuidados de saúde primários no país? A metodologia adoptada foi a pesquisa bibliográfica, com base na análise e sistematização de livros, artigos e documentos técnicos sobre o tema. Os objectivos foram identificar a relação entre desigualdades sociais e saúde pública e avaliar como essas desigualdades afectam o acesso aos serviços de saúde pela população moçambicana. Os resultados indicam que a desigualdade social impacta negativamente tanto a saúde física quanto a psicológica, contribuindo para estresse crónico, ansiedade, depressão, baixa auto-estima e isolamento social, decorrentes de discriminação e estigma. Verificou-se que factores como posição socioeconómica, escolaridade, sexo, idade, localização geográfica, distância até as unidades sanitárias e tipo de provedor de saúde influenciam significativamente o acesso aos cuidados primários. Conclui-se que as desigualdades sociais representam barreiras estruturais que limitam o acesso equitativo aos serviços de saúde no país.
