Capulana Alicerçada ao Símbolo de Identidade, Tradição e Cultura Moçambicana
Sofia Ahamad de Jany Vasco
DOI:
https://doi.org/10.70634/reid.v15i02.440Palavras-chave:
Capulana, Cultura, Identidade, Tradição, SímboloResumo
O presente estudo baseia-se no relato de alfaiates, mulheres, activistas, comerciantes localizados na cidade de Pemba para colher experiências baseadas na capulana alicerçada ao símbolo de identidade, tradição e cultura moçambicana. Um tecido carregado de histórias, cujas experiências diferem de sujeitos, desde as paisagens geográficas rurais às urbanas. Neste âmbito, a pesquisa procura alicerçar ao tecido a dimensão de símbolo de identidade, tradição e cultura, no sentido de compreender de que forma a esta pode notabilizar e agregar valor à capulana, por meio de experiências e partilhas de pessoas que usam, trabalham e investem neste tipo de artigo, conceituado pela sociedade como um documento histórico, preservado até aos dias actuais. O surgimento da capulana remota da era colonial por meio do comércio onde eram transacionados o ouro e marfim de Moçambique, e em troca os estrangeiros entregavam o tecido e a missanga, muita das vezes provenientes da India e Veneza. Para o alcance dos propósitos metodológicos foi aplicada a metodologia qualitativa, que consistiu na captação dos dados exploratórios (observação não participante e entrevistas semiestruturadas). Os dados obtidos foram devidamente compilados, tratados e interpretados de acordo com o modelo de análise de conteúdo. Igualmente foram cumpridos com os principais aspectos éticos em pesquisa. Os resultados do estudo, relevaram a vasta utilidade que a capulana tem para a sociedade africana. Nas entrevistas feitas, os participantes opinaram melhor a sua experiência de trabalho com a capulana. Portanto, tal como destacaram os entrevistados e avalizam os autores supracitados, a capulana é uma peça fundamental para o bem-estar social, auxiliando em diversas esferas da vida. Em suma, percebe-se com este estudo que, a capulana é um meio de expressão que transcende gerações, servindo como um marcador de identidade individual e coletiva que fortalece os laços comunitários, especialmente em contextos de celebração e resistência cultural.